quinta-feira, outubro 05, 2006

"5 de outubro"

Sinto aversão natural pela ideia republicana, ainda mais quando tal regime é gerado através de regicídios e chacinas de variado género. Tudo aquilo que é parido pelo ódio, pelo despeito, pela inveja, pela frustração, se muito interessante como matéria para investigação psicanalítica, como regra de vida e governo dos homens merece ser atirado às valetas do esquecimento. O "5 de outubro" português traz-me à mente a acção das ideologias dissolventes que quebraram a unidade da Nação ao longo do século XIX; o cobardíssimo assassínio de D. Carlos e D. Luiz Filipe; o exílio de D. Manuel; a carbonária assanhada; a demagogia, a hipocrisia e a corrupção do regabofe partidocrático; o descalabro 1910-26... e, após a gesta salvadora de um "rei-filósofo" sem coroa, novamente o espectáculo circense pós-74. Cada dia acordo mais monárquico: mas monarquia tradicional, hereditária, anti-parlamentar e descentralizada - à la Maurras, tout court.

1 Comments:

At 5:06 da manhã, Blogger Paulo Cunha Porto said...

É a que vale a pena, Meu Caro Euro-Ultramarino. Não é possível comparar o regime criminoso da I República, gerado por um duplo aqssassínio e que por essa via continuou, com a ópera bufa que vivemos, em que após o início criminoso da descolonização, não mais, por sistema, perseguiu as pessoas inocentes. Mas seria muito pouco, demasiado pouco, alegrarmo-nos com tanta mediocridade e servilismo perante os poderes externos.
Abraço.

 

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