Poder e Relações Internacionais
Mudam os tempos, passam as décadas, sucedem-se as modas, os sistemas, os regimes, os chavões, os mitos. Tudo muda mas o que menos muda é o homem. Política é a busca e a conservação do poder e o chamado direito internacional é a vontade do mais forte expressa em lei. Os interesses imperam; o resto é folclore. Os povos que esquecem esta lição descem o plano inclinado rumo à obliteração. Apesar das modernices da Nova Ordem Mundial e da felicidade absoluta prometida ao gentio, dos tribunais e polícias internacionais, dos juramentos solenes de fraternidade global, no tablado político planetário existe uma única luta, e esta é pela conquista do poder. Esta é a realidade; o resto é mistificação.
Para recordar os seis princípios básicos do Realismo, formulados por Hans J. Morgenthau:
1) As relações internacionais são governadas por leis objectivas que radicam na natureza humana; 2) O aspecto-chave é o conceito de interesse definido em termos de poder; 3) Interesse definido em termos de poder é uma categoria objectiva de validade universal, embora o seu significado exacto possa alterar-se em função da época e das circunstâncias; 4) Se princípios morais têm o seu lugar, estes não podem ser definidos de forma idêntica em cada ponto do tempo e do espaço e aplicar-se de forma diferenciada a estados e indivíduos; 5) As aspirações morais de uma determinada nação não são leis morais que governam o universo; 6) A Política é uma esfera autónoma que necesita ser analizada como uma entidade, sem subordinação a valores externos.
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