Ainda a Europa
Europa, por P. Caliari detto il Veronese, cerca de 1750
Creio que o tema das caricaturas maometanas já está esgotado, tantas foram as análises oriundas de todos os quadrantes. Neste nosso espaço de convívio – para usar a expressão do amigo Paulo Cunha Porto – foram publicados excelentes textos sobre o assunto. Quando usei a expressão “Cruzada”, em nenhum momento vislumbrei uma Europa em armas, unida no ultraje e na entrega à missão restauradora. De nenhuma forma. Pensei, sim, mais no espírito de “Cruzado” de uma pequena, mesmo diminuta, parcela de europeus para quem a sua Nação não é um albergue sem tranca à porta, no meio de um lote de terreno propício a qualquer tipo de negócio – o que é, muito sinteticamente, o ideal da UE e de outras iniciativas mundialistas. Não posso acreditar que a Europa correrá a suicidar-se como um bloco coeso. Ainda existe uma Europa profunda, europeia, consciente das suas raízes, dos seus valores, das suas obras, da sua fantástica intervenção na História – sem consciências pesadas, pedidos colectivos de perdão e outros disparates do “politicamente correcto” mas escandalosamente falso. Julgo que daí – dessas partes ainda sãs – poderá, um dia, talvez mais cedo do que pensamos, vir a reacção que se impõe. Estou pessimista e razões não faltam. A Europa abdicou de suas responsabilidades, dos seus direitos, da sua identidade. Sob o império totalitário do relativismo dobrou o cerviz diante dos seus inimigos de sempre. E fê-lo por vontade própria e com baixeza.
1 Comments:
Meu Caro Euro-Ultramarino:
O poema do A. Sardinha «ROUBO DE EUROPA», de que fá falei Aqui, é muito longo. Mas as estrofes finais foram reproduzidas por mim em
misantropoenjaulado.blogspot.com/2005/06/leitura-matinal-19.html.
Vale a pena. Abraço.
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