28 de abril
A 27 de setembro de 1998 escrevia eu este texto, gentilmente publicado pelo saudoso "O Dia". Hoje, 28 de abril, natalício do asceta de Santa Comba, reproduzo-o aqui como singelo e sincero tributo.
Trinta anos volvidos sobre o afastamento de Oliveira Salazar da chefia do governo, cumpre homenagear aquele que foi uma das maiores inteligências e mais fortes personalidades da História; o homem de génio que salvou Portugal da decadência e da indigência, restaurou-lhe o prestígio e recolocou-o nos trilhos da sua missão histórica; o estadista de craveira excepcional para quem os interesses e direitos de Portugal estiveram sempre acima de tudo; o Português de Lei, o exemplo de integridade, o derradeiro cruzado e profeta do Ocidente.
O Portugal de Salazar foi uma Nação grande, repartida por quatro continentes, com incalculável importância geoestratégica e grandes responsabilidades históricas; o Portugal de hoje é minúsculo e exíguo rectângulo.
O Portugal de Salazar foi uma Nação independente, com autonomia de julgamento e decisão; o Portugal dos nossos dias abdicou da soberania e esmera-se na obediência à cartilha de estrangeiros.
0 Portugal de Salazar foi inflexível na defesa das populações ultramarinas contra terroristas assassinos; o Portugal abrilino abandonou as mesmas populações à sanha dos seus algozes.
O Portugal de Salazar defendeu a dignidade da pessoa humana, garantiu a ordem nas ruas e a segurança dos cidadãos; 0 Portugal da actualidade considera a dissolução do carácter e as aberrações morais como exercício da liberdade, condescende com desordeiros e delinquentes e não oferece segurança às pessoas de bem, seja em casa ou nas ruas.
O Portugal de Salazar dotou o país de infra-estruturas, promoveu a sua industrialização e protegeu os sectores-chave da economia, integrando-o paulatinamente e com salvaguardas nos espaços económicos de livre-comércio; o Portugal gerado pela abrilada arruinou as estruturas económicas e preside alegremente ao desmantelamento da indústria, da agricultura e das pescas, segundo o receituario mundialista.
O Portugal de Salazar entendia a política como instrumento ao serviço da colectividade e o poder como missão de servir; no Portugal vigente, a política é estratagema para a satisfação de interesses egoístas de pessoas e grupos, enquanto o poder é interpretado como o direito de servir-se.
O Portugal de Salazar cultivava a nossa História, homenageava os nossos Maiores, condecorava os Heróis da Pátria; o Portugal abrilino expunge a nossa Históra, ignora os nossos Maiores, exalta os traidores à Pátria.
O Portugal de Salazar não discutia Deus, a Pátria, a Família; no Portugal abrilino nega-se Deus, vende-se a Pátria, liquida-se a Família.
O Portugal de Salazar soube merecer os nossos mortos; o Portugal abrilino os não merece.
Diante de tanta traição, tanta apostasia, tanta ignomínia, tanta passividade e tanta dissolução do carácter nacional, cumpre inquirir se o consulado de Salazar não foi "somente" uma barragem temporária contra o declínio inelutável da Nação portuguesa. Afinal, se os portugueses estão-se nas tintas para a sua nacionalidade, se sentem-se bem na companhia de traidores à Pátria que amputaram largas parcelas do seu território e promoveram a imolação de milhões de inocentes, se contentam-se em comer pelas mãos de estrangeiros, se regozijam-se com afrontas à sua História e aos seus Maiores, se genuflectem sorridentes diante daqueles que nos querem dominar, diluir e absorver, então os portugueses têm o destino que merecem. "25 de Abril", Maastricht, Shengem, Amesterdão, regionalização, iberismo, mundialismo; são tudo etapas da viagem ao aniquilamento físico da Nação, tornado possível - exclusivamente - pela decomposição programada do carácter nacional.
Registam-se aqui a homenagem a Salazar e a saudade que este homem providencial deixou nos corações onde ainda vibra o nome de Portugal. E acrescenta-se que a perspectiva oferecida pelo "espectáculo" deste último quarto de século confirma e amplifica a genealidade de Salazar.
Salazar, sempre!
5 Comments:
Excelente síntese, caro amigo.
Excelente texto, que possuo em volume da editora Nova Arrancada — «Salazar, Antologia de Depoimentos».
Excelente texto.
Sempre! Feliz "reprise"!
Abraço.
"O Portugal de Salazar não discutia Deus, a Pátria, a Família; no Portugal abrilino nega-se Deus, vende-se a Pátria, liquida-se a Família."
Que grande verdade!
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