sábado, outubro 14, 2006

Ajustando os pontos

Em 1999/2000 os organizadores da consulta para “eleger” o maior português do século XX viram-se com o susto de Salazar ter saído à cabeça... Não satisfeitos com o resultado “inaceitável”, a malta volta agora à carga, desta vez para que os portugueses votem nos seus “maiores”. Só que escaldados com a primeira experiência, os sabichões introduzem uma novidade à brincadeira: tal qual os democratas das democracias, não vão deixar ao gentio o direito de escolher quem bem entenda, mas... apresentam-lhe a lista daqueles “elegíveis”, e nesta, é claro, o nome de Salazar é devidamente omitido. Bravo! Aplaudo com as duas mãos. A atitude destes sujeitinhos confirma outra vez quem é o maior... Aí está o resultado! Fazem-me imensa pena estes coitados. Com as suas grandes fortunas, as suas sinecuras nababescas, as suas auto-condecorações e a soberbia típica das nulidades maquilhadas em mito, estes senhoritos não conseguem viver sem Salazar. Trinta e seis anos passados sobre o desaparecimento físico do asceta de Santa Comba parece que a passagem do tempo faz com que a sua sombra torne-se cada vez mais insuportável para os demolidores do Portugal autêntico. Salazar é a antítese de tudo e de todos que vêm com a chancela do 25-4-74. Conhecer Salazar? Conheçamo-lo pelo seu contrário. Agarremos abrilinos e quejandos, listemos os seus atributos, encontremos para cada um a sua antítese. Aí estará o retrato de António de Oliveira Salazar, o homem que nasceu e morreu pobre, restaurador de uma Nação inteira, retirando-a da ruína material e moral e recolocando-a no caminho do seu destino histórico – com inteligência suprema, com integridade absoluta, com dedicação total. O seu lugar na História, lugar de honra, de maior entre os maiores, está há muito assegurado.