sábado, maio 27, 2006

28 de maio - 80 anos


Saúdo o 28 de maio de 1926 porque conduziu ao 27 de abril de 1928 e este, por sua vez, ao 5 de julho de 1932. A eclosão do movimento militar é a hora da espada. A Pátria estava doente - como referiu Carmona - e cumpria curá-la, dando combate ao descalabro político, social e económico que afligia a Nação. Hesitantes os militares durante os primeiros dois anos de poder, é a 27 de abril de 1928, com a posse de um jovem e brilhante lente coimbrão na pasta ministerial das finanças, que realmente tem início a regeneração de Portugal. Esta adquire plenitude a 5 de julho de 1932, quando o salvador das finanças assume a chefia do governo.

Salazar é a revolução da ordem contra a desordem; da verdade contra a impostura; uma revolução para salvar, restaurar, construir.

O Papa Pio XII soube descrever com precisão e síntese o ciclo que viria a ser encerrado com a intervenção de Salazar na sequência do 28 de maio: uma época de "trevas e aflições" na qual Portugal, depois de virar as costas às suas "tradições mais gloriosas" e ter sido afastado do seu rumo por correntes "anti-cristãs e anti-nacionais", parecia dirigir-se a um "naufrágio" certo.

Mas a Providência interveio na Terra de Santa Maria. Nas palavras de Sua Santidade: "nas trevas brilhou a luz, do caos reinou a ordem, a tempestade acalmou e o fiel Portugal pôde renovar suas tradições gloriosas, como nação cruzada e missionária."

E com todo o seu coração abençôa Salazar, expressando os desejos "mais ardentes" para que possa completar exitosamente "a sua obra de restauração nacional, tanto espiritual como material."

Salazar define - por oposição - o novo regime:

"Contra todos os internacionalismos, contra o comunismo, contra o socialismo, contra o sindicalismo libertário, contra tudo aquilo que rebaixa, divide e dissolve a família, contra a luta de classes, contra os sem-Deus e sem-Pátria, contra a escravidão no trabalho, contra a concepção puramente material da vida, contra a força como origem da lei. Estamos contra todas as heresias do nosso tempo..."

E com olímpica naturalidade acrescenta:

"Somos anti-parlamentares, anti-democráticos, anti-liberais, e queremos constituir um Estado corporativo."

No octagésimo aniversário da efeméride que abriu passo à restauração nacional com a intervenção providencial de Salazar, e na impossibilidade de estar em solo Pátrio e juntar-me a quantos ainda vibram com esta epopéia e os seus heróis, desde a Argentina quero bradar:

Viva o 28 de maio! Viva Salazar!

sexta-feira, maio 26, 2006

Antítese abrilina IV

Batalha dos Atoleiros por Martins Barata (1966)
Fresco no Palácio de Justiça de Fronteira

Quando em Portugal não se discutia o dever de bater-se pela defesa da independência da Nação.

Antítese abrilina III

O Fomento Ultramarino e a Metrópole por Martins Barata (1964)
Óleo na sede do Banco Nacional Ultramarino em Lisboa


Binómio Metrópole-Ultramar: uma realidade que vigorou durante dois-terços da existência nacional e constituiu a missão histórica da Nação Portuguesa.

Antítese abrilina II

Partida da Armada do Infante D. Henrique para a conquista de Ceuta (1415)
por Martins Barata (1961)
Fresco no Palácio de Justiça do Porto

Assim tinha início a longa e gloriosa gesta de um povo cuja intervenção na História deu novos mundos ao mundo e alterou o destino da humanidade.

Antítese abrilina I

O Decepado por Martins Barata (1969)
Fresco no Palácio de Justiça de Vila Pouca de Aguiar

Mesmo decepado, Duarte de Almeida mantém galhardamente levantado o estandarte português durante a batalha de Toro, a 1 de março de 1476.

terça-feira, maio 23, 2006

25 de maio na Argentina

Buenos Aires no séc. XVIII - "Plaza de la Victoria": "Recova" e "Cabildo"

Hoje, 25 de maio, a Argentina festeja o seu dia nacional. Em 1810, figuras emblemáticas da capital do então Vice-reinado do Rio da Prata, confrontados com a neutralização napoleónica de Fernando VII, a quem haviam jurado fidelidade, decidem autonomizar a imensa possessão ultramarina enquanto se mantivesse a usurpação da legítima coroa d’Espanha. Quer isto representasse ou não os verdadeiros propósitos da elite crioula a verdade é que este ensaio autonómico resultou, seis anos mais tarde, a 9 de julho de 1816, em separação definitiva da Madre Patria.

Entretanto, se a génese da Argentina deve-se ao Vice-reinado do Prata, este, por sua vez, deve-se... à Portugal. Explica-se: foi justamente a expansão portuguesa em direcção ao rio da Prata que provocou a iniciativa espanhola de criar um vice-reinado com capital em Buenos Aires, que converte-se, a partir de aí, de simples vila portuária, em pujante cidade e centro de poder militar.

Forte português da colónia do Sacramento

Em 1680 a corôa portuguesa fundava, às margens do Prata e exactamente em frente a Buenos Aires a chamada colónia do Sacramento. Este facto marca simbolicamente o início de uma longa contenda – ora militar, ora diplomática, ora as duas modalidades em simultâneo, que apenas se resolve quase um século e meio mais tarde, com a criação – diplomática e com a chancela britânica (e maçónica) – do actual Uruguai. A cidade e porto de São Pedro do Rio Grande, a ilha de Santa Catarina, os famosos Sete Povos das Missões (jesuítas) – ou seja, todo o actual estado brasileiro do Rio Grande do Sul, são conquistados ou reconquistados e definitivamente incorporados à Corôa Portuguesa.

A própria capital da República Oriental do Uruguai, Montevideo, tem origem lusa: A 22 de novembro de 1723 tropas portuguseses alcançam a baía de Montevideo e aí assentam acampamento. Em janeiro do ano seguinte são desalojados pelas forças espanholas enviadas desde Buenos Aires, as quais, prontamente, iniciam a construção de forte e aldeia, embrião da futura cidade.

A relação com Portugal não se limita ao período XVII - XIX – foi Fernão de Magalhães quem, ao explorar a área em 1520, cartografou a baía e registou precisamente o monte sobre o qual se edificaria, e com a sua própria nomenclatura, a capital do futuro Uruguai.

Outro dado curioso é que ao final do século XVIII, os portugueses constituíam um terço da população de Buenos Aires. O mobiliário e a prataria – de cuja riqueza vários museus e colecções particulares porteñas dão importante testemunho – eram, na sua maioria, obras de artífices lusos, quer radicados aqui, no Brasil português ou na metrópole europeia.

Enquanto os argentinos recordam o 25 de maio de 1810, vou recordar aqueles portugueses de outros tempos que não mediram sacrifícios para defender os interesses e os direitos de Portugal, buscando na América alguma compensação pela ocupação castelhana de 1580-1640. Mas a decadência dos povos não perdoa: dos heróis e legiões que dilataram o Império passámos aos traidores e às cáfilas que fizeram carreira com o esfacelamento físico e moral na única nação euro-ultramarina da História.

domingo, maio 21, 2006

Força!



Ao indispensável Misantropo Enjaulado, no seu primeiro aniversário, os meus melhores votos e uma Cristal bem gelada.

sexta-feira, maio 19, 2006

À espera de Martel

Enquanto a Europa mundialista prossegue alegremente na senda da auto-dissolução étno-cultural e escolhe Istambul como cidade "europeia" da cultura para 2010, deixo aqui a minha opinião através do pincel de um artista:

A Batalha de Poitiers por Charles de Steuben (1837)

Com sinceros votos de que surja para aí outro Carlos Martel o quanto antes.

quinta-feira, maio 18, 2006

Exemplo gaulês


O abandono da Argélia Francesa à sanha assassina do terrorismo, ignominosa traição gaulliana a populações inteiras que mantinham-se verticalmente fiéis à Madre-Pátria, continua a ser ferida aberta na sociedade do hexágono.

Pois ainda há quem dedique trabalho, tempo e dinheiro a recordar traições, crimes e tragédias, exigindo a restauração da verdade histórica e as reparações devidas a quem de direito.

Uma iniciativa que vale a pena conhecer é Algérie Française, Recherche de la vérité, em:

Para quando algo assim em Portugal, para amarrar definitivamente ao pelourinho a cáfila que despedaçou a Nação e atirou milhões de inocentes à morte?

quarta-feira, maio 17, 2006

A descodificação que se impõe


Vem aí a mega-produção cinematográfica que apresenta a religião católica como uma impostura e a Igreja de Roma como uma associação internacional de malfeitores. Estou convencido de que Hollywood e Cia. já devem ter na calha alguma obra a mostrar o judaísmo como uma grande vigarice e os rabinos-chefes de Israel como uma cáfila de mafiosos. Talvez ainda uma outra a mostrar o Islão como um conto do vigário e Mafoma como burlão e proxeneta.

Há tempos li em algum lado uma entrevista com Tom Hanks, na qual dizia que a mãe era portuguesa. Verifica-se? Da boca do incomparável Peter Sellers, em entrevista televisiva, já tinha eu ouvido que era filho de uma portuguesa marrana. Sem dúvida cumpre valorizar e divulgar o talento da lusa cepa na séptima arte...

Mas voltemos ao mal-codificado código:

Para saber mais sobre sobre este novo e planetário ataque ao catolicismo, ver o interessante boletim electrónico da Civitas - pour une cité catholique, em:

http://www.civitas-institut.com/content/view/383/2/

segunda-feira, maio 15, 2006

Exportação argentina


Numa populística confusão de causas e efeitos do fenómeno inflacionista, Kirchner houve por bem proibir a exportação da famosa carne argentina, com o propósito de forçar a redução dos preços domésticos. Algo assim como se o governo saudita, preocupado com o alto preço da gasolina, decidisse proibir a exportação do crude...

Em vista do recente espectáculo oferecido aos governantes reunidos na cimeira de Viena d'Áustria, parece que a exportação de outras "carnes" será, ao contrário, incentivada...

Aqui, outro ângulo de Evangelina Carrozzo, a activista ecológica que realmente honra a perfeição da natureza - e faz imenso bem ao meio-ambiente.

domingo, maio 14, 2006

Tiro pela culatra?


O Prof. Doutor Silva, presidente brasileiro, deve estar zangadíssimo com o seu protegido Evo Morales, o novo governante boliviano e pioneiro do socialismo indígeno-cocaleiro. Depois de investir pesadamente na candidatura de camarada tão promissor, incluindo uma boa "ajudinha" para desestabilizar e derrubar o governo anterior, o Brasil - leia-se: Petrobrás -, vê-se confrontado com a estatização dos hidrocarbonetos no país andino, decretada, justamente, pelo simpático discípulo. Até então grande senhora de negócios e negociatas gasíferas (60% do consumo brasileiro de gás provêm da Bolívia), a brasileira dos petróleos, estatal e monopolista, parece que vai perder esta galinha dos ovos de ouro, além de ver-se obrigada a pagar muito mais pelo gás que leva ao Patropi, já que o leader indígena das camisolas coloridas vai proceder à revisão dos contratos, por ele já qualificados de "ilegais". Não cultivo o hábito de meter-me em desavenças familiares, mas quando o conflito é no interior da esquerdalhada, confesso que não resisto: acho engraçadíssimo. E aposto dobrado contra singelo como daí ainda correrá muita tinta.

domingo, maio 07, 2006

Conspirações II

Muito longe da inimizade absoluta freundiana ou da dialéctica amigo-inimigo schmittiana, a verdade é que o grande capital e o comunismo têm vivido um grande romance. E tudo indica que este amor segue de vento em popa. Quiçá seja eterno... Para uma panorâmica desta arrebatadora paixão:

No one dare call it conspiracy, Gary Allen, 1972
ISBN 0899666612
The Rockefeller File, Gary Allen, 1975
ISBN 1568493681

Conspirações I

E por falar em teorias da conspiração e mundialismos de variada extracção eis aqui como Portugal viu-se no foco desta grande empresa capital-socialista. Leitura obrigatória: O fim histórico de Portugal, por Amorim de Carvalho, Ed. Nova Arrancada, Lisboa, 2000.

quarta-feira, maio 03, 2006

Quarteto infame


Outro dia o Horizonte recomendava a leitura de um interessante artigo de OLAVO DE CARVALHO sobre os verdadeiros senhores planetários e o seu projecto de governo mundial.

Comissão Trilateral, Grupo de Bilderberg, Council of Foreign Relations, etc., tudo designações sonantes de uma realidade tenebrosa que, à moda do príncipe da mentira, parece ter convencido o mundo de que não existe.

Certamente um dos mitos mais perfeitos desta gigantesca encenação é o da rivalidade entre capitalismo e comunismo, quando, na realidade, este é filho daquele. Foi o grande capital financeiro que financiou a revolução bolchevista, foi o país-modelo do capitalismo (EUA) que garantiu a sobrevivência e a expansão da União Soviética durante a II GM, foi a aliança plutocrático-marxista que soprou os famigerados "ventos" da história que expulsaram a Europa civilizadora de África e Ásia.

Um vigarista internacional como George Soros demonstra que não há nenhuma incompatibilidade entre a mais alta especulação financeira internacional, destas de arruinar moedas e países, e a promoção agressiva de uma agenda social de extrema-esquerda, que visa nada mais nada menos do que a completa destruição da Lei Natural.

A fotografia de família que aqui se mostra não está completa, já que falta o carniceiro caribenho patriarca destes cromos. Estas são as criaturas que na América - erradamente chamada - Latina estão a trabalhar pelo comunismo de nova roupagem, e de mãos dadas com o grande capital mundialista.

Válha-nos Deus!