quinta-feira, setembro 22, 2005

Guerra à antiga portuguesa



No “o sexo dos anjos” tomei conhecimento de um interessante texto, de autoria de um militar da reserva, publicado no “Do Portugal Profundo”. Na primeira parte do mesmo o major reformado Manuel de Oliveira refere um estudo anglo-americano, no qual Portugal é qualificado como o país que melhor soube gerir conflictos bélicos em três teatros de operações simultâneos. Como complemento desta preciosa informação, implacável bofetada na mentirosa cara abrilina, indico outro importante trabalho – derivado de uma tese doutoral no King’s College de Londres: Counterinsurgency in Africa. The Portuguese Way of War (1961 – 1974), Greenwood Press (ISBN: 0-313-30189-1), do capitão norte-americano retirado, Dr. John P. Cann. Nestas páginas analisa-se a acção contra-subversiva das Forças Armadas Portuguesas durante os treze anos da guerra que nos foi movida do exterior, auxiliada pelos focos de traição interna já sobejamente conhecidos. Excusado dizer que trata-se de outro sonante estalo nas caras de abrilinos, seus camaradas estrangeiros e idiotas úteis de costume. A verdade nua e crua é que o Portugal euro-ultramarino era uma nação única. Único era o nosso modo de estar no mundo. Única foi a nossa resistência – política, económica, diplomática e militar. O Portugal desta época, um Portugal apenas português, havia cometido um pecado imperdoável: o de ter razão antes do tempo.

1 Comments:

At 4:23 da manhã, Blogger acja said...

Perfeito.Ter razão antes do tempo, mas quiçá o futuro dará razão ao direito.

 

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