A Resposta Portuguesa - Capítulo I
"A Grande Estratégia Comunista
São três as causas básicas para as convulsões político-estratégicas a que hoje assistimos em tantas partes do mundo.
A primeira é o racismo, mais exactamente o neo-racismo dos não-brancos relativamente aos brancos.
A segunda é o banditismo organizado a nível internacional.
A terceira é a agressão do imperialismo comunista, mais precisamente do comunismo neo-imperialista.
No que respeita à primeira destas causas, é necessário reconhecer que, outrora, existia o predomínio de sentimentos racistas por parte dos brancos em relação aos não-brancos. Estes sentimentos tinham origem na crença da superioridade do homem branco e sempre foram ilegítimos – tanto quanto são ilegítimos na sua versão moderna do paternalismo. De qualquer maneira, é certo que estes sentimentos e o sistema que os inspirava pertencem ao passado e estão a extinguir-se rapidamente.
Todavia, a outra face da moeda, o neo-racismo dos não-brancos contra os brancos, está longe de estar extinto. É possível que este último, na sua origem, tenha surgido como uma reacção às atitudes do homem branco. Prém, qualquer que seja a sua origem, ainda é errado. Infelizmente, este neo-racismo, com os seus métodos de violência criminosa e delinquência organizada, está a crescer, tanto na área de actuação, como na sua virulência.
De facto, esta violência e delinquência, que já chegaram a apresentar sinais de declínio, estão a mostrar um recrudescimento sem precedentes à escala mundial.
Infelizmente esta violência reveste-se de uma ideologia política que, ao ser tácita ou abertamente tolerada por personalidades que de outro modo seriam tidas por pessoas de bem, está a receber um toque de respeitabilidade.
É neste estágio que surge o comunismo. Se este fosse somente um regime doméstico, diria unicamente respeito a cada país e ao seu governo. Mas não é assim. Impondo-se pela força a povos que o não desejam, o comunismo é tão anacrónico quanto o ultrapassado imperialismo ocidental, sendo motivo de forte repúdio devido aos miseráveis métodos que utiliza.
Dentre esses métodos, os mais importantes são o neo-racismo e o banditismo internacional, tal como descritos acima, ambos manipulados pelo comunismo neo-imperialista. Impõe-se admitir que, quer através de agentes conscientes ou inconscientes, o comunismo consegue manipular estes dois métodos com imenso sucesso, transformando-os – levemente camuflados – em instrumentos de ponta para a expansão comunista mundial.
Estas são as causas reais das turbulências político-estratégicas que estão a ocorrer neste momento em diferentes regiões do globo e com frequência crescente.
Portanto, não seria muito difícil imaginar que Portugal, e mais precisamente os seus estados e províncias ultramarinas, transformar-se-iam em alvos do comunismo e vítimas dos métodos descritos acima. O resultado tem sido três guerras – em Moçambique, Angola e na Guiné.
O velho multirracialismo dos portugueses, a sua tradição moral e a sua estrutura anticomunista e anti-imperialista, fizeram com que estas três guerras, mais do que em qualquer outra parte do mundo, tivessem de ser organizadas, lideradas e mantidas a partir do estrangeiro.
O comunismo neo-imperialista tem, na sua luta para destruir a civilização ocidental, a par da Ásia marítima, a África como um dos seus objectivos principais. Estrategicamente a África é a área de segurança da Europa.
Portanto, é exactamente o futuro da Europa que está em jogo – da Europa que foi o berço da civilização ocidental e continua a ser um centro de irradiação do pensamento ocidental.
Se ao comunismo neo-imperialista for permitido obter êxito em África, um novo e principal objectivo seria então seleccionado – a América Latina, que é estrategicamente o flanco meridional dos Estados Unidos da América.
A seguir seria o futuro da própria América do Norte que estaria em jogo, justamente onde a civilização ocidental obteve tão extensas realizações práticas, tanto em termos qualitativos como quantitativos.
Se a África e a América Latina sucumbirem, nem a Europa nem a América do Norte terá alguma hipótese de sobrevivência.
É precisamente por isso que creio ser a África – além da Ásia marítima – o local onde está a ser travada a grande batalha entre o comunismo e a civilização ocidental. E é aqui que o comunismo internacional precisa de ser definitivamente derrotado.
A luta pela África está a ser conduzida em todo o continente, especialmente nas regiões Norte e Sul, que são as áreas mais importantes em virtude de sua posição relativamente às vias essencias de comunicação mundial.
Na África do Norte, aproveitando-se de motivos e forças locais, como o conflito racial árabe-judaico, a União Soviética já assegurou uma considerável posição de controlo em alguns países árabe-mediterrânicos.
Na África Austral, apesar das pretensões soviéticas, é a China que neste momento lidera as actividades.
Inicialmente os chineses procuraram estabelecer-se nas duas costas, sobre o Índico e sobre o Atlântico, em duas bases principais, uma no Congo-Brazzaville e outra na Tanzânia.
No entanto, falharam em criar uma ligação entre estas duas bases e foram forçados a mudar de estratégia. Esta consistia em, a partir da Tanzânia, tentar conquistar o coração da África Austral – a Zâmbia – e, a partir de lá, infiltrar Angola, Rodésia, Moçambique e o Malawi, sendo a República da África do Sul o objectivo final.
A implementação da estratégia chinesa está a ser auxiliada pelas atitudes dos governos da Tanzânia e da Zâmbia, atitudes estas que considero politicamente absurdas. Esta estratégia encontrou um excelente apoio na construção do caminho de ferro “Tanzam”, obra sem sentido económico. Esta obra já emprega pelo menos 25.000 chineses, grande parte disfarçada em técnicos ferroviários, mas que na realidade são especialistas em subversão e instrutores de terrorismo e guerrilha. Em consequência, não pode existir nenhuma dúvida quanto à penetração comunista, especialmente chinesa, e ao seu avanço na África Austral. Mesmo assim, o conjunto do Ocidente, ou cada uma das potências mais significativas, ainda não tomou nenhuma medida concreta para conter ou eliminar esta penetração."
São três as causas básicas para as convulsões político-estratégicas a que hoje assistimos em tantas partes do mundo.
A primeira é o racismo, mais exactamente o neo-racismo dos não-brancos relativamente aos brancos.
A segunda é o banditismo organizado a nível internacional.
A terceira é a agressão do imperialismo comunista, mais precisamente do comunismo neo-imperialista.
No que respeita à primeira destas causas, é necessário reconhecer que, outrora, existia o predomínio de sentimentos racistas por parte dos brancos em relação aos não-brancos. Estes sentimentos tinham origem na crença da superioridade do homem branco e sempre foram ilegítimos – tanto quanto são ilegítimos na sua versão moderna do paternalismo. De qualquer maneira, é certo que estes sentimentos e o sistema que os inspirava pertencem ao passado e estão a extinguir-se rapidamente.
Todavia, a outra face da moeda, o neo-racismo dos não-brancos contra os brancos, está longe de estar extinto. É possível que este último, na sua origem, tenha surgido como uma reacção às atitudes do homem branco. Prém, qualquer que seja a sua origem, ainda é errado. Infelizmente, este neo-racismo, com os seus métodos de violência criminosa e delinquência organizada, está a crescer, tanto na área de actuação, como na sua virulência.
De facto, esta violência e delinquência, que já chegaram a apresentar sinais de declínio, estão a mostrar um recrudescimento sem precedentes à escala mundial.
Infelizmente esta violência reveste-se de uma ideologia política que, ao ser tácita ou abertamente tolerada por personalidades que de outro modo seriam tidas por pessoas de bem, está a receber um toque de respeitabilidade.
É neste estágio que surge o comunismo. Se este fosse somente um regime doméstico, diria unicamente respeito a cada país e ao seu governo. Mas não é assim. Impondo-se pela força a povos que o não desejam, o comunismo é tão anacrónico quanto o ultrapassado imperialismo ocidental, sendo motivo de forte repúdio devido aos miseráveis métodos que utiliza.
Dentre esses métodos, os mais importantes são o neo-racismo e o banditismo internacional, tal como descritos acima, ambos manipulados pelo comunismo neo-imperialista. Impõe-se admitir que, quer através de agentes conscientes ou inconscientes, o comunismo consegue manipular estes dois métodos com imenso sucesso, transformando-os – levemente camuflados – em instrumentos de ponta para a expansão comunista mundial.
Estas são as causas reais das turbulências político-estratégicas que estão a ocorrer neste momento em diferentes regiões do globo e com frequência crescente.
Portanto, não seria muito difícil imaginar que Portugal, e mais precisamente os seus estados e províncias ultramarinas, transformar-se-iam em alvos do comunismo e vítimas dos métodos descritos acima. O resultado tem sido três guerras – em Moçambique, Angola e na Guiné.
O velho multirracialismo dos portugueses, a sua tradição moral e a sua estrutura anticomunista e anti-imperialista, fizeram com que estas três guerras, mais do que em qualquer outra parte do mundo, tivessem de ser organizadas, lideradas e mantidas a partir do estrangeiro.
O comunismo neo-imperialista tem, na sua luta para destruir a civilização ocidental, a par da Ásia marítima, a África como um dos seus objectivos principais. Estrategicamente a África é a área de segurança da Europa.
Portanto, é exactamente o futuro da Europa que está em jogo – da Europa que foi o berço da civilização ocidental e continua a ser um centro de irradiação do pensamento ocidental.
Se ao comunismo neo-imperialista for permitido obter êxito em África, um novo e principal objectivo seria então seleccionado – a América Latina, que é estrategicamente o flanco meridional dos Estados Unidos da América.
A seguir seria o futuro da própria América do Norte que estaria em jogo, justamente onde a civilização ocidental obteve tão extensas realizações práticas, tanto em termos qualitativos como quantitativos.
Se a África e a América Latina sucumbirem, nem a Europa nem a América do Norte terá alguma hipótese de sobrevivência.
É precisamente por isso que creio ser a África – além da Ásia marítima – o local onde está a ser travada a grande batalha entre o comunismo e a civilização ocidental. E é aqui que o comunismo internacional precisa de ser definitivamente derrotado.
A luta pela África está a ser conduzida em todo o continente, especialmente nas regiões Norte e Sul, que são as áreas mais importantes em virtude de sua posição relativamente às vias essencias de comunicação mundial.
Na África do Norte, aproveitando-se de motivos e forças locais, como o conflito racial árabe-judaico, a União Soviética já assegurou uma considerável posição de controlo em alguns países árabe-mediterrânicos.
Na África Austral, apesar das pretensões soviéticas, é a China que neste momento lidera as actividades.
Inicialmente os chineses procuraram estabelecer-se nas duas costas, sobre o Índico e sobre o Atlântico, em duas bases principais, uma no Congo-Brazzaville e outra na Tanzânia.
No entanto, falharam em criar uma ligação entre estas duas bases e foram forçados a mudar de estratégia. Esta consistia em, a partir da Tanzânia, tentar conquistar o coração da África Austral – a Zâmbia – e, a partir de lá, infiltrar Angola, Rodésia, Moçambique e o Malawi, sendo a República da África do Sul o objectivo final.
A implementação da estratégia chinesa está a ser auxiliada pelas atitudes dos governos da Tanzânia e da Zâmbia, atitudes estas que considero politicamente absurdas. Esta estratégia encontrou um excelente apoio na construção do caminho de ferro “Tanzam”, obra sem sentido económico. Esta obra já emprega pelo menos 25.000 chineses, grande parte disfarçada em técnicos ferroviários, mas que na realidade são especialistas em subversão e instrutores de terrorismo e guerrilha. Em consequência, não pode existir nenhuma dúvida quanto à penetração comunista, especialmente chinesa, e ao seu avanço na África Austral. Mesmo assim, o conjunto do Ocidente, ou cada uma das potências mais significativas, ainda não tomou nenhuma medida concreta para conter ou eliminar esta penetração."
1 Comments:
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Enviar um comentário
<< Home