segunda-feira, julho 31, 2006

Férias

Duas semanas em terras de Gugunhanas de variada extracção.
Até breve!

sexta-feira, julho 28, 2006

Nova Frente

Muitos parabéns ao Bruno pelos três anos do obrigatoríssimo Nova Frente.
Um clássico em bites e, agora, também em papel.

quinta-feira, julho 27, 2006

Buenos Aires: 26/7/2006

Meu Ersatz europeu

Inspira chá, scones e geleia de morango (não esquecer o clotted cream)

Singing and dancing?

Ui, ui, ui... sobre a passadeira não!

(fotos tiradas de La Nación, 26-7-2006)

quarta-feira, julho 26, 2006

Não há pachorra

Confesso que já fartei-me de escutar a cantiga do conflito judaico-árabe (ou árabe-judaico), velho de décadas e que vem afectando a não-judeus e não-árabes por esse mundo fora. Sempre o mesmo: quem tem razão? quem é terrorista? quem é víctima? agressão gratuita? legítima defesa? assimetrias estímulo-resposta? quais mortos que entram na contabilidade? quem é cobarde? quem está do lado da "liberdade" e da "democracia" e, portanto, é hiperfixe; e quem o não é, e, portanto, merece ser amarrado ao pelourinho e vergastado exemplarmente? Os estados árabes são exactamente o que aparece nos mapas: ali estão, um ao lado do outro, para bem ou para mal. E o estado judeu? Muito mais do que o "Israel" que se vê no mapa, ali espremidinho entre o mar e a vizinhança árabe, o verdadeiro estado judeu existe em Washington, em Nova Iorque, em Los Angeles, em Londres, em Paris, em Zurique, etc., até em Viena d'Áustria e Francoforte. Numa especulação contra-fáctica, será que se o estado-de-Israel-do-mapa tivesse sido criado, digamos, na Terra do Fogo, ou na Califórnia, os árabes estariam agora a criar problemas para o nosso ético, unido e decidido "Ocidente"? Nos tempos que correm desconheço a existência de algum projecto islâmico para o domínio mundial. De facto não econtraria se quer os meios materiais para tão vasta empresa. Já no que diz respeito ao povo eleito - quer dizer, às suas élites tão activas - a coisa fia mais fino. O domínio da alta finança, da informação, o monopólio do "sofrimento" e da "moral" que tudo justifica, a capacidade de enviar à prisão as vozes discordantes da sua historiografia oficial, o incalculável poder de pressão sobre os governos, a promoção do mundialismo, as organizações do tipo CFR, Comissão Tri-Lateral, Bilderberg, etc. - tudo indica não só capacidade mas sobretudo empenho decidido em impor um modelo, o qual, definitivamente, não é o meu e não é o de muita gente - mas muita mesmo. Condenando por princípio a violência e lamentando todas as suas vítimas, sem discriminar entre as "boas" e as "más", entre as que dão direito a "lágrimas" e as que merecem o olvido, reconheço que o funcionamento do mundo é muito simples: 1) o direito internacional é a vontade do mais forte traduzida em lei; 2) a História é escrita pelo vencedor; 3) a razão está do lado daquele com força suficiente para a impor. Em resumo: o povo judeu agora sabe o que custa ter e defender um Estado.

sexta-feira, julho 21, 2006

A "nova" América

Válha-nos Deus!

Esta "outra" América em gestação, tal como a China comunista, não incomoda em nada o sono das cabeças sofisticadas e moderninhas do nosso admirável mundo novo. Afinal, algum capitalismo e algum socialismo sempre encontram as formas adequadas para dar rédeas soltas à sua relação carnal. Remunere-se algum capital com as mais altas taxas de sempre e a agenda tenebrosa da esquerda pode avançar despreocupadamente.

Ao escrever sobre esta monumental farsada que é o "modelo" de patropi brasileiro personificado pelo indivíduo a que chamam pelo nome de um molusco cefalópode, Olavo de Carvalho mostra como se dá a subversão socialo-comunista neste canto do mundo. E tudo sob os efusivos aplausos, os rasgados elogios e o respeito reverencial de grandes capitalistas, comovedores democratas e republicanos modelares.

"Ao longo de trinta anos ou mais, a esquerda fez tudo o que podia para favorecer a ascensão do banditismo: ensinou técnicas de guerrilha urbana aos delinqüentes presos na Ilha Grande, integrou quadrilhas de criminosos no esquema do Foro de São Paulo; cultivou com devoção fiel a fantasia ideológica que desculpa o criminoso e inculpa a sociedade; promoveu líderes do narcotráfico à condição de “líderes comunitários” e “intelectuais populares”; glamurizou as drogas como meio de “libertação psicológica”; promoveu o massacre moral da polícia através da mídia, do show business e das escolas, ao ponto de tornar os policiais uma classe inibida e atemorizada, persuadida de que o cumprimento fiel das suas funções legais só lhe trará novas perseguições e punições; debilitou o senso moral dos formadores de opinião por meio de engodos acadêmicos como o multiculturalismo, o relativismo, a maliciosa exploração psicológica das frustrações raciais e sexuais das minorias; garantiu a impunidade para os delinqüentes menores de idade; promoveu por todos os meios a desmoralização do direito de propriedade; e por fim diminuiu as penas para os crimes hediondos. Sua ação no sentido de fortalecer o crime e debilitar a sociedade foi tão coerente, tão contínua e tão abrangente que ela basta para explicar a desordem e a violência atuais, para as quais ela própria fabrica, ex post facto, pretextos diversionistas destinados a agravar ainda mais o estado de coisas. O resultado desse esforço sistemático e perverso está hoje ante os olhos de todos, e ele é a maior prova de que o esquerdismo é criminoso em si, por essência e vocação."

Se os bancos obtém os mais altos lucros de sempre e a indústria multinacional conta com o seu mercado cativo para que afadigar-se com minudências deste tipo?

Tango autêntico (III): Polaco Goyeneche

Tango autêntico (II): Edmundo Rivero

Tango autêntico (I): Julio Sosa

Os "cinco" estarolas em Córdoba

Arranca hoje na cidade argentina de Córdoba uma reunião cimeira do chamado Mercosur ou Mercosul, pretenso e pretensioso mercadito comum que desde a sua criação serviu apenas um simples propósito: o Brasil produz e vende, sem comprar nada; os demais membros não produzem, ou deixam de o fazer, e apenas compram, não vendem. As assimetrias não administradas, a desorganização, os desconchavos, as aldrabices e a conversa fiada de costume sentenciam a falência desta “integração” de pacotilha. Se o Uruguay e o Paraguay avançam com a ideia de alinhar com a América do Norte e Europa, então o famigerado Merd’au Sud fica para as calendas gregas. Sob a ilustríssima liderança do Prôfêçô Dôtô Silva, de el pingüino Kichner e do novíssimo sócio, o Comandante Chávez dos petrodólares, o esquema continuará a servir de plataforma para a truanice da esquerdalhada iberoamericana, messianicamente convencida de que é a restauradora do socialismo que perdeu-se na Europa de Leste. Diz-se à boca pequena que os três estarolas andam a tramar o ingresso de duas outras pérolas: a Bolívia do índio marxista-cocaleiro Morales e a ilha-prisão do octogenário Fidel de Castro (noblesse galicienne oblige). Contra Bush e os EUA, contra a Área de Livre Comércio das Américas, contra o tal do “neo-liberalismo”(?), contra o racismo (excepto na versão anti-branco, claro está), pela reforma agrária (i.e., invasões, vandalismos, ocupações), contra o FMI, etc. – o inevitável ramerrão. Vamos, pois, a mais um capítulo desta novela folclórica. Aguardarei impaciente a pièce de résistance de tão selecto encontro: a intervenção do convidado de honra e pai espiritual dos organizadores, acabadinho de chegar de La Habana. Mestres incontestáveis dos discursos com sete ou oito horas de duração, quem levará desta vez o prémio Papagayo de Oro, Castro o Chávez? Isto há-de ser, a todos os títulos, uma grande paródia. Ah!... já esquecia: o evento conta com a protecção de Santo Che, muito da devoção lá da casa.

terça-feira, julho 18, 2006

Ainda o "18 de julho de 36"

Nos 70 anos do glorioso Alzamiento Nacional em España, não se pode deixar de ler e saborear:
Misantropo Enjaulado
Combustões
Nova Frente (1) e (2)
Casa de Sarto (1) e (2)
Último Reduto
Mas o Rei vai nu!

18 de julho de 1936



Ao contrário do grito de guerra das hostes marxistas, os nacionalistas d'Espanha PASSARAM - e passaram como um rolo compressor. A 18 de julho de 1936 as forças sãs da Nação levantaram-se em armas para pôr cobro ao descalabro comunista e maçónico que levava o país à desintegração. Três anos mais tarde Franco e o autêntico exército da Nação, a Falange Española das JONS, os Requetés Carlistas e todos aqueles que alinharam nesta fantástica Cruzada haviam derrotado fragorosamente o inimigo. Seguiram-se três décadas e meia de paz, pão, trabalho, justiça e progresso material. Hoje, amparados na riqueza criada graças ao Caudilho, os derrotados da guerra civil e os seus herdeiros apressam-se em desmantelar a Espanha tradicional. O governo de um insignificante Zuela de Zapato apeia a única estátua de Franco em Madrid, na calada da noite, enquanto homenageia com pompa e circustância o assassino estalinista Santiago Carrillo, o carniceiro de Paracuellos de Jarama - típica reacção psicológica compensatória de cobardes derrotados: sem "tomates" para derrubar a versão em carne e osso do Generalíssimo, regozijam-se com derrubar a sua estátua, trinta anos após a sua morte. Pobres criaturas que vivem do ódio, da inveja e da vingança, no temor permanente das comparações, na obsessão diária de falsificar ou apagar o passado! A Cruzada Nacional levada a cabo pela Espanha autêntica sob o comando de Franco - Caudillo de España por la Gracia de Dios - escreveu algumas das mais belas páginas da História desta grande Nação. E do registo da História nada e ninguém as pode arrancar.

sexta-feira, julho 14, 2006

Únicos: Gabin, Funès e Bourvil


Bom fim de semana a todos.

Vive le Roy!

« La politique capétienne arrondit le lambeau et en huit cent ans fit la France comme nous l’entendons, la France qui a créé tout ce dont nous vivons, ce qui nous lie, ce qui est notre raison d’être. La France est de la sorte le résultat de la politique capétienne continuée avec une admirable suite. » Ernest Renan.

quinta-feira, julho 13, 2006

Portugal corporativo

Assim se escrevia na Argentina em 1978:

"... a partir de la entrada en vigencia de la constitución de 1933, Portugal se convirtió en un Estado de derecho, con un orden jurídico que si a los socialistas y a los liberales no les gustaba, no por eso dejaba de ser, científica e históricamente, un Estado, donde el accionar del gobierno se encuadraba en normas jurídicas precisas, dentro de un marco constitucional que contreñía a gobernantes y gobernados."

Pocketbook p/ paraquedistas civilizacionais

Botero em Buenos Aires

No Bellas Artes de BsAs Fernando Botero expões 50 obras sobre a violência que há quatro décadas assola a Colombia. Aprecio a sua pintura, com os típicos "gordos" e o vivo colorido - prefiro, contudo, a escultura, com voluptuosidade tri-dimensional e brilho untuoso...

Li em texto introdutório à temática da exposição que a violência no país deve-se ao "terrorismo", à "guerrilha", aos "grupos para-militares de extrema-direita" que assassinam "ex-guerrilheiros" reconvertidos à vida civil. Nenhuma referência à "esquerda" ou "extrema-esquerda. Rigorosamente nada sobre a verdadeira origem do trista fenómeno: a acção revolucionária marxista das FARCS e cia. - assassinos, sequestradores, bombistas e narco-traficantes. Nada disso. Mesmo no século XXI e com milhões de green backs na algibeira, o que dá mesmo é deitar as culpas à "reacção". Plus ça change...

domingo, julho 09, 2006

Mi Buenos Aires querido

No dia da Argentina, aqui uma homenagem à capital pela voz do grande Charles Romuald Gardès, mais conhecido por Carlos Gardel, francesíssimo de Toulouse e voz maior do argentiníssimo tango.

sábado, julho 08, 2006

"Roaring '30s"

Um bachelor's flat em Mayfair, grey flannels ou tweeds, roadster verde à porta, um eficientíssimo valet à antiga, luncheon at the club. Viver gentlemanly na Londres dos anos trinta. Dedicado aO Misantropo Enjaulado e ao Je Maintiendrai, graças ao insuperável P.G. Wodehouse.

"Fáchistas"

É no mínimo curioso como abrileiros e quejandos deliciam-se em chamar "fascista" àqueles que nunca o foram e, no entanto, aplaudem e condecoram como valorosos "anti-fascistas" (por definição - a deles, bem se vê - combatentes da "liberdade" e da "democracia") precisamente fascistas de pura cepa. Um exemplo disso foi a condecoração póstuma ao nacional-sindicalista Rolão Preto, atribuída pelo inqualificável e multi-doutorado (honoris causa, claro está) "descolonizador exemplar" e "abraça-terrorista". Já nem falemos da idolatria postiça ao vulgo general sem-medo, adjunto da Legião Portuguesa e da Mocidade Portuguesa, organizações consideradas fascistíssimas pelo regime dos cravos que cravaram Portugal. No CV da malta o que interessa é o ter-se colocado contra Salazar em qualquer coisa, em qualquer momento, em qualquer lugar - o resto é o resto e pode ser maquilhado, omitido, remetido às profundezas do olvido, sem a menor preocupação com um grão de coerência. Aos caçadores de "fascistas" que não existem/existiram sugiro que não insistam com a sua cantiga enferrujada e ultrapassada do lado de lá do que foi o Muro de Berlim. Os de lá sentiram na carne as delícias da "democracia" e da "liberdade" que a esquerdalhada lusa tem/tinha por modelo. Polacos, alemães, tchecos, etc., saberão enquadrar no devido lugarzito os Portas, os Correias e até mesmo os Schultzes do Par(a)lamento (ainda) Europeu. A estes aldrabões, para que comecem as respectivas feriazitas com pé esquerdo, dedico o vídeo acima, no qual estão dois autênticos fascistas, exímios caçadores de comunistas.

Parabéns!


quarta-feira, julho 05, 2006

Aliança Nacional

Um brinde ao Aliança Nacional pelos três anos de grande presença bloguística.

Leitura difícil

Impossível recuperar a leitura atrasada...

Buenos Aires e Montevideu 1816-1818

Emeric Essex Vidal é o primeiro artista que registou em imagens a Argentina recém independizada de Espanha. Cá chegou como oficial da armada britânica, aos 25 anos, em setembro de 1816. Aguarelista, Essex Vidal passou dois anos a retratar Buenos Aires e Montevideu com seus lugares, costumes e personagens típicos da cidade e da província: os fortes, os mercados, os matadouros, os pescadores, os leiteiros, os índios, os gaúchos, etc. De volta ao Velho Mundo, em 1820 publicou a primeira obra ilustrada que deu a conhecer o novo país em formação.

terça-feira, julho 04, 2006

Plano francês para a conquista de Buenos Aires

Em abril de 1660 chega a Buenos Aires Barthélemy de Massiac, engenheiro militar francês e especialista em fortificações. Está ao serviço da Corôa Portuguesa: após cumprir missão em Angola, passa por Lisboa e parte para o estuário do Rio da Prata. Um confuso episódio obriga-o a permanecer dois anos por estas paragens e aproveita para - secretamente - desenhar minuciosos mapas da cidade-porto e dos seus arredores. De regresso à Europa Massiac redige um dossier que é enviado a Colbert. O grande ministro de Luís XIV endereça-lhe então uma série de perguntas a respeito de Buenos Aires, todas elas respondidas com riqueza de detalhe. A ideia não avançou mas ficamos a saber que a possibilidade de uma invasão francesa de Buenos Aires chegou a ser considerada pelo Rei-Sol. Além dos planos mais antigos da futura capital do Vice-Reinado do Rio da Prata, Barthélemy de Massiac deixa-nos um interessante comentário acerca do que viu naquele embrião da Argentina: "seria a terra mais linda do mundo se estivesse havitada por gente honesta". Ter-se-á equivocado muito?

Pulhítica argentina

Com a Argentina eliminada do Mundial regressámos ao business as usual e volta a ser mais difícil distrair o gentio. Na sua formidável construção de poder hegemónico vía corrupção pura e dura, Kirchner está prestes a conseguir que os poderes extraordinários outorgados à presidência, no auge da débâcle económica, passem a ser definitivos – pelo menos para o próprio. Em resumidas contas: o sujeito poderá simplesmente usar e abusar do orçamento geral do Estado como bem lhe aprouver; e sem dar cavaco a ninguém, muito menos aos nobres deputados e senadores, mantidos democratica e monetariamente caladinhos. E el pingüino é grande gestor de fortuna. Em 1993, quando era governador da província de Santa Cruz, enviou ao exterior a módica quantia de mil milhões de dólares, com o suposto intuito de proteger a arca pública contra alguma surpresa no front económico. Volvidos treze anos o indivíduo recusa-se a explicar o que foi feito dos recursos e, ainda mais, a repatriá-los. Mas nem por isso caem o Carmo e a Trindade...